A China é o país que mais tem desenvolvido com agilidade e eficiência, os projetos de mobilidades urbanas em suas cidades metropolitanas, com superpopulações. Esses modelos tecnológicos que agilizam o trânsito, são chamados de smart cities “cidades inteligentes”. São sistemas comunicacionais de tecnologia integrados aos celulares de motoristas, visam construir uma cidade com mobilidade eficiente, conectada e sustentável. Desse modo operativo, as smart cities são uma solução tecnológica para atender à demanda populacional e a crescente mobilidade de trânsito, sem deixar de lado o desenvolvimento socioeconômico e a preservação ambiental.
Por meio de inovações tecnológicas, os projetos dessas cidades chinesas, vistas como mais avançadas nas smart cities, buscam proporcionar um ambiente urbano melhor de transitar. Tem também como objetivo as smart cities, a promoção do desenvolvimento humano, usando os recursos naturais de forma sustentável, impulsionando a economia local. Vale salientar que a evolução de uma sociedade tem tudo a ver com os avanços tecnológicos e com compromisso de inovação, para a transformação das cidades do futuro.
Nesse cenário de modernas operações tecnológicas, conectadas ao trânsito, são geradas as informações e algoritmos analíticos, enviados atualizados para os smartphones dos usuários, que poderão escolher as melhores rotas. A infraestrutura montada e integrada a partir da inteligência artificial, ajuda a desatar nós do trânsito, com carros integrados ao transporte de massa, alguns deles sem motoristas, catracas ou bilhetes, onde o usuário é cobrado por reconhecimento facial.
Vantagens e eficiências nos projetos das Smart Cities
Smart Cities, “cidades inteligentes” têm como alguns de seus pilares a eficiência energética, a promoção de qualidade de vida e a preocupação com sustentabilidade ambiental, social e econômica. Trata-se de um conceito que é a resposta para desafios dessa era, como os problemas ambientais e o crescimento expressivo da população urbana.
Ao redor do mundo existem cerca de mil projetos-piloto das chamadas “smart cities”, cidades inteligentes onde sistemas conectados por redes 5G interagem com a população e entre si por meio de inteligência artificial, internet das coisas, wi-fi e aplicativos na nuvem. Mais da metade dessas metrópoles estão na China. Nesses grandes centros urbanos, que atraem 1,5 milhão de novos moradores a cada semana, a população sente os benefícios e as melhorias na qualidade de vida. Esse conceito inclui a sustentabilidade das ações, única forma de dar conta dos 10 bilhões de pessoas que circularão pelo planeta em 2050 – 68% delas viverá em áreas urbanas, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Experiências chinesas com as Smart Cities
Nesse contexto de mobilidade urbana para o trânsito, conectadas aos celulares, os chineses estão evoluindo muito rapidamente, com o projeto Next-Gen, que está sendo implementado em Nanjing – cidade chinesa que responde pelo 11º maior PIB do país. Esse projeto prevê a criação de um sistema de tráfego inteligente, que atenda ao desafio de transportar com eficiência, seus 8 milhões de residentes, que dispõem de uma frota de 10 mil táxis, 7 mil ônibus e 1 milhão de veículos particulares.
A China é tem se mostrado pioneira na adoção dessas soluções tecnológicas. Hangzhou, com 10,5 milhões de habitantes, conta com o City Brain (“Cérebro da Cidade”). É um sistema da gigante tecnológica Ali Baba que gerencia 128 cruzamentos, onde semáforos conectados recebem dados dos veículos por meio de sensores e ajustam o tempo das luzes para dar a cadência ideal do trânsito.
Acidentes prevenidos e comunicados com extrema agilidade
As comunicações ágeis e tecnológicas das smart cities, mantem informados os motoristas, evitando acidentes pela escolha das rotas seguras. Outro ponto importante é que os acidentes são detectados em tempo real e policiais chegam ao local em períodos que não levam nem cinco minutos. Com o monitoramento de todos os carros da cidade, os engarrafamentos foram reduzidos em 15%.
Outra melhoria é a reversão rápida de sinais vermelhos em verdes para a passagem de ambulâncias em situação de emergência – o tempo desses trajetos caiu pela metade. Xangai, com 24 milhões de habitantes, usa o City Brain para agilizar as rotas de ônibus. E o usuário pode informar ao AliPay seus locais de partida e chegada, para receber informações sobre pontos mais próximos e ônibus necessários para o caminho ideal do momento.
Sistema que facilita o estacionamento de veículos
Outra vantagem com o sistema é na hora de estacionar, também é possível apelar ao aplicativo por celular da Huawei. Com chips instalados em 300 estacionamentos, o motorista encontra a vaga livre mais próxima, faz a reserva e paga por ela. Com isso ele ganha tempo, economiza combustível e ajuda a diminuir congestionamentos – pelo menos enquanto os carros voadores não chegam. O que, por sua vez, pode não estar tão distante assim: empresas como EmbraerX, Boeing e Bell, entre outras, já têm protótipos em desenvolvimento que em breve ocuparão os céus das cidades.
Smart cities revoluciona espaço urbano e melhora a qualidade de vida da sociedade
Importante destacar que o conceito das smart cities constrói uma verdadeira revolução na perspectiva sobre o espaço urbano. Muito mais do que um local para abrigar pessoas, as cidades são vistas como um ambiente que, se bem-planejado, pode favorecer a sociedade em diversos níveis. Para as pessoas, a tecnologia e a inovação no planejamento urbano são sinônimos de maior qualidade. Dessa forma, por meio de soluções tecnológicas, é possível potencializar a oferta de serviços, a segurança, a educação, o bem-estar e muito mais.
Salientando que os avanços tecnológicos também são fundamentais nos negócios e nas indústrias. Por exemplo, por meio da Internet das Coisas (IoT), é possível utilizar dados para conectar sistemas, produtos e usuários, garantindo maior produtividade e eficiência energética. Portanto, essa tecnologia smart cities e a inovação trazida nas estruturas dos sistemas, proporcionam apoio às iniciativas e alternativas que tornam possíveis os três pilares da sustentabilidade, inseridos no contexto social, econômico e ambiental.