Investimento em Ensino Técnico promove muitos benefícios e aumenta PIB

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Aumentar o investimento em ensino técnico possibilita expressiva geração de resultados para o desenvolvimento macroeconômico do país. É o que indica a pesquisa do Insper, que foi realizada com apoio do Itaú Educação e Trabalho. Os estudos mostram que com mais formação técnica, triplicaríamos os impactos no PIB (Produto Interno Bruto), podendo registrar aumento de até 2,32%, caso o País consiga triplicar o número de jovens matriculados no ensino técnico. 

Desse modo, ampliando investimentos na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), teremos também geração de maior empregabilidade e rentabilidade. Ao investir, o Brasil promove muitos benefícios aos trabalhadores e a sociedade, a partir da amplitude desse modelo de formação profissional. 

Pesquisa analisou impactos da expansão do ensino técnico 

Essa previsão é resultante da pesquisa denominada “Potenciais efeitos macroeconômicos com expansão da oferta pública de Ensino Médio Técnico no Brasil”. O levantamento foi elaborado pelos pesquisadores Marcelo Santos, Sergio Firpo, Vitor Fancio e Clarice Martins. A pesquisa teve por objetivo examinar as consequências macroeconômicas da expansão do sistema de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), particularmente o Ensino Técnico dentro do Médio.

Ensino Técnico amplia chances de empregabilidade 

Conforme economista Sérgio Firpo, um dos responsáveis pela pesquisa. “O ensino técnico é mais caro do que o regular, por isso, o estudo se propôs a avaliar se o investimento nessa modalidade pode trazer benefícios para toda a sociedade”, afirma.  “Com mais concluintes no ensino técnico, teremos mais indivíduos com melhores chances de empregabilidade, salários mais altos e maior poder de consumo. O que impacta positivamente o PIB”, enfatiza.

Ensino técnico propicia remuneração melhor 

Destacando que o estudo mostra que profissionais com Ensino Médio Técnico ganham, em média, 32% a mais do que aqueles que possuem apenas Ensino Médio tradicional. Além disso, mais profissionais com formação técnica pode ser inseridos no mundo do trabalho. 

Formação promove o trabalhador e diminui desigualdade

Outro ponto importante que revela o estudo, é que a expansão qualificada do Ensino Médio Técnico pode reduzir em 5,4% a proporção de trabalhadores com ensino fundamental ou Ensino Médio tradicional, que estão em postos de trabalho mais operacionais. 

A ampliação do acesso a EPT tem potencial também para diminuir a desigualdade salarial. Tomando como base o índice Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, triplicar o acesso à EPT pode reduzir o indicador de 0,58 para 0,55. 

Brasil possui pouco investimento em Educação Profissional

Embora tenhamos expressivo potencial para evoluirmos na Educação Profissional e Tecnológica, o cenário brasileiro ainda é de pouco investimento nessa modalidade de ensino. No Brasil, a EPT atende a apenas 8% do total de concluintes do Ensino Médio. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a EPT é uma modalidade de ensino com elevada oferta, alcançando, em média, 32% dos concluintes do Ensino Médio. 

80% dos trabalhadores possuem ensino médio completo ou incompleto

Outro ponto destacado da pesquisa é que a população trabalhadora no Brasil é formada principalmente por pessoas que têm o ensino médio completo ou incompleto, como sendo o maior nível de escolaridade. Elas representam quase 80% dos trabalhadores de 24 a 65 anos. 

Governo Federal vai investir em Educação de Escola em tempo integral.

Objetivando melhorar investimentos em educação, o Governo Federal estima disponibilizar cerca de R$ 4 bilhões para aumentar a oferta de educação em tempo integral. Desse modo, permitindo que estados e municípios possam expandir as matrículas em suas redes. Até 2026, segundo o MEC, a meta é chegar a 3,2 milhões de matrículas.

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