Nova pesquisa sobre a Amazônia alerta sobre a qualidade do ar

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A Amazônia Legal, uma das regiões mais importantes do Brasil, enfrenta um grave problema de poluição do ar. Segundo o relatório World Air Quality de 2023, produzido pela IQAir, 34% das cidades com ar mais poluído do Brasil estão nesta região. Entre as 38 cidades com os piores índices de PM2.5 do país, 13 estão na Amazônia Legal. 

Xapuri, no Acre, é a cidade com o pior resultado, apresentando níveis de micropartículas cinco vezes acima do recomendado pela OMS. Outras cidades do Acre, além das capitais Boa Vista, Macapá, Manaus, Porto Velho e Palmas, também sofrem com altos índices de poluição.

Impacto dos incêndios e do desmatamento na Amazônia

O desmatamento e os incêndios florestais são os principais responsáveis pela poluição na Amazônia. Esses fatores são impulsionados pela produção de gado, soja, cana-de-açúcar e especulação imobiliária. Em 2023, apesar da redução no desmatamento, o número de incêndios permaneceu alto. As cidades localizadas no “arco do desmatamento” registram os piores índices de qualidade do ar do Brasil. Xapuri, por exemplo, tem índices de micropoluentes que excedem em dez vezes o limite recomendado pela OMS.

Desse modo, para enfrentar este problema, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima implementou o Sistema Nacional de Gestão da Qualidade do Ar (MonitorAr). Além disso, trabalha na revisão da resolução 491 do Conama, que trata da qualidade do ar. A iniciativa prevê um investimento de R$ 112 milhões para instalar estações de monitoramento a cada 500 mil habitantes e sensores a cada 100 mil habitantes. Ou seja, o objetivo é aprimorar a gestão da qualidade do ar e expandir as redes de monitoramento em todo o país.

Cidades inteligentes podem desempenhar um papel crucial na melhoria da qualidade do ar na Amazônia. Utilizando tecnologias avançadas para monitorar a poluição e implementar soluções sustentáveis, essas cidades podem ajudar a reduzir os níveis de PM2.5. Além disso, investimentos em infraestrutura verde, transporte sustentável e fontes de energia renovável são essenciais. Assim, as cidades na Amazônia podem se tornar exemplos de sustentabilidade e qualidade de vida.

Fatores climáticos agravam a situação

O clima também desempenha um papel significativo na poluição do ar na Amazônia. Durante o “Verão Amazônico”, o clima quente e seco aumenta a incidência de queimadas. Em 2023, o efeito do El Niño agravou ainda mais a situação, resultando em um dos anos mais quentes da história. De janeiro a abril, algumas cidades apresentaram índices dentro do recomendado pela OMS. Porém, a partir de maio, com o aumento das queimadas, a poluição atingiu níveis críticos.

A poluição do ar na Amazônia tem sérios impactos na saúde pública. A exposição prolongada a partículas finas pode causar doenças pulmonares, acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas e câncer. Além disso, a poluição também afeta a saúde ocular, prejudicando as glândulas responsáveis pela produção de lágrimas. Então, é crucial que medidas sejam tomadas para proteger a saúde dos moradores da região.

* Com informações de R7

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