As hortas urbanas e periurbanas possuem inúmeros benefícios. Afinal, elas favorecem a alimentação saudável, estimulam a produção de alimentos para autoconsumo e geram renda pelo comércio de hortaliças excedentes.
Além disso, contribuem para a sustentabilidade ambiental e a coesão social nas cidades. No entanto, para que esses benefícios se concretizem, é necessário enfrentar diversos desafios, desde a conscientização da comunidade até a superação de barreiras técnicas.
As hortas urbanas e periurbanas representam uma prática importante em cidades inteligentes. Ou seja, promovem uma conexão mais estreita entre os cidadãos e o meio ambiente, reforçando a sustentabilidade e a qualidade de vida urbana.
Conscientização da comunidade e suporte governamental
Antes de iniciar uma horta urbana, é crucial que a comunidade esteja consciente da sua importância. Segundo membros do Instituto EcomAmor, realizar um trabalho prévio de base é essencial.
Isso inclui atividades informativas e reflexões sobre o impacto positivo que a horta trará. Dessa forma, a comunidade se organiza e se compromete com a manutenção da horta, entendendo que os benefícios dependem do esforço coletivo.
A visibilidade e o apoio governamental também são fundamentais. Apesar do lançamento do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana pelo Ministério do Desenvolvimento Social em 2018, muitas hortas ainda dependem do trabalho de entidades não governamentais. Então, essas entidades desempenham um papel vital ao incentivar e facilitar a implementação das hortas nas cidades.
Hortas na cidade: seleção do local e condições do solo
A escolha do local para a horta é um dos primeiros desafios. Em áreas urbanas, o solo pode estar contaminado por metais pesados e outros poluentes. Portanto, é essencial realizar uma análise prévia para garantir que o solo é seguro para o cultivo. Além disso, a continuidade da horta deve ser considerada, pois áreas públicas e privadas podem ser requisitadas pelos responsáveis a qualquer momento.
A água também é um recurso crítico. O acesso à água limpa é limitado em muitas áreas urbanas devido à poluição e ao uso intensivo por indústrias. Para garantir a viabilidade da horta, é necessário verificar a disponibilidade de água de boa qualidade e considerar técnicas de irrigação eficientes que minimizem a necessidade de frequência de irrigação.
Recursos e formação técnica para manutenção de hortas
Para o plantio e a manutenção da horta, é preciso acesso a sementes, insumos e equipamentos. Dessa maneira, muitas comunidades enfrentam dificuldades para obter esses recursos. A formação técnica é igualmente importante.
Voluntários e membros da comunidade precisam de conhecimentos básicos para o manejo adequado da horta. Parcerias com instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) podem ajudar a oferecer a formação necessária.
O Instituto EcomAmor, por exemplo, investe em formação técnica para seus voluntários e as comunidades atendidas. Desse modo, cursos e encontros de formação são organizados para garantir que todos tenham as habilidades necessárias para cuidar das hortas.
Engajamento da comunidade com as hortas
O sucesso de uma horta urbana depende do engajamento contínuo da comunidade. A falta de organização e disciplina pode comprometer a manutenção da horta. Então, é importante que a comunidade desenvolva um sistema de trabalho eficiente, com divisão de tarefas e turnos.
O acompanhamento técnico especializado a médio e longo prazo é crucial para superar esses desafios. Visitas pré e pós-plantio, realizadas por organizações como o Instituto EcomAmor, ajudam a garantir que a horta seja mantida adequadamente e que a comunidade receba suporte contínuo.
- Com informações de EcomAmor